Relato de DesneCesárea - Adriany e Elano.

Ola mamães, hoje vou postar um relato que mexeu muito comigo quando eu li.

Este relato vai tocar principalmente as mamães que querem fazer o PN e sofrem pressão das pessoas para não fazer.

Lembrando que de nenhuma maneira queremos ofender as pessoas que escolheram a cesárea como parto , estamos dispostos a publicar toda experiencia de parto que seja esclarecedora e possa ajudar outras mamães.


"Relato de DesneCesárea - Adriany e Elano.

Quando descobri a gravidez, foi emocionante e uma busca de tudo que acontecia comigo. Lá pelas doze semanas, comecei a pensar em fazer cesárea pra que fosse dia 22/11 (Dia 22 é uma data mega especial pra mim), fui buscando conhecimento sobre partos e tudo mais, conheci a GPM e no inicio chamei todas de loucas (mentalmente, rs), pela forma "bruta" e "radic
al" como tratavam o assunto, mas então percebi a importância e abracei a causa. Decidi "PN", passava todos os dias estudando, lendo, vendo vídeos, lendos as brigas na comunidade (rs). Até que cheguei as 36 semanas e meia, umas cólicas, um desconforto...mas pensei "não pode ser". Relaxei! Chegamos as 37 e 7 dias (11/11), foi aumentando, aumentando, percebi minha calcinha um pouco mais úmida. Falei pra minha mãe, pra que ela se preparesse pra adiantar a passagem (Ela mora em SP e eu em Boa Vista RR), ela entrou em desespero e eu calma, dizendo pra ela que poderia demorar! Ela só faltou ligar pros bombeiros, ligou pro meu marido, que chegou voando em casa e acabou me convencendo a ir na maternidade (meu GO havia viajado) e o bendido fdp toque, 2cm. Tudo Ok. Voltei pra casa e fui andar (pq era oq aliviava), tomei banho, dormi um pouco. Quando acordei, meu inferno havia começado, a família inteira sabia (eu falei "mae, nao qro q ngn saiba, nao qro ngn me ligando", advinha oq ela fez?! Postou no face. Pqp), era tanta ligação que eu não dava conta! E advinha as duas únicas que falaram "pode demorar, descansa, relaxa, ta tdo bem, vc consegue"?! Minha madrinha e minha cunhada, o resto só sabia contar que fulano tinha morrido, que o bebê do beltrano havia morrido no pn. Porra! Nada mais relaxante! Eu desliguei o telefone e puff, ligaram pra todos que conheciam q moravam na mesma cidade q eu, em segundos, estavam todos na minha porta! Pqp.
As duas da manhã, começou a sair sangue vivo, fiquei assustada e fui na maternidade de novo, estava tudo Ok. 4cm. Era só que a enfermeira do primeiro toque havia tentado descolar as membranas, fiquei puta da vida. A linda enfermeira que me atendeu dessa vez falou "deixa de vim aqui, se ta mexendo ta bem. Ficar levando toque é ruim", expliquei pra ela oq tavam fazendo e ela foi dar bronca no povo! Só assim me deixaram dormir (nem consegui, por conta das dores). No outro dia, minha mãe perdeu o voo, ficou em pânico e pediu que eu ligasse pro meu GO, pq com certeza ele tinha deixado algum médico de sobre aviso. Lá fui eu (hoje tenho consciência que o erro foi meu, puro medo), ele falou que tinha deixado a Dra. Sulamita e que era pra eu ir lá com ela. Ela fez o toque, 4,5cm. Ela me explicou que demoraria. Fui pra casa, comer, passear com o marido. Até que minha avó e minha mãe ligam pra gente e fazem um terrorismo absurdo "Vocês não são médicos, estão matando essa criança". Lá fui eu em prantos pro banho, pedi perdão pro meu filho, chorei tanto! Eu nem pensava em dor, pra mim era tão delicioso sentir cada contração, que eu nem imaginava que estava doendo! Voltei na Dra. ela fez o toque e disse 5cm. Você esta indo bem, mas vai demorar, relaxa! As palavras "Você esta matando ele" ecoavam e não faziam eu pensar em mais nada, pedi pela cesárea, a dra disse "não, esta tudo bem, não tem porque". E ali eu desabei, chorei e falei pra ela, implorei pela cesárea, disse que não aguentava a pressão familiar, os contos e tudo mais. Ela continuou a dizer não, até que na terceira vez, decidiu fazer. Liguei pra minha mãe e avó e disse "Satisfeitas? Tô indo pra faca, fiquem felizes agora!". Meu pai me consolou, meu lindo pai, falou tanta coisa (não me recordo de tudo, as contrações estavam fortes e muito próximas). Lá fui eu, pro centro cirúrgico, encontrei um anjo, a pediatra Dra. Celeste! Foi a única que entendeu meu choro, aquele choro desabafando pela merda que eu estava fazendo. Me deitaram e começou a tortura! Não deixaram meu marido entrar, nem sei por que! Pedi que colocassem ele pra mamar e que deixassem comigo a todo tempo, a pediatra disse que faria do meu jeito, fiquei aliviada. Vc se sente um troço sabe, eles estão ali, te abrindo e conversando sobre assuntos diversos, riem, falam dos plantões, das festas não sei da onde, não se de quem...é péssimo! A pediatra sempre vinha e dizia "ele tá vindo, calma".
Até que um "fofo" vem pra cima e empurra meu peito, eu falo "meu peito, ai"...ai ele empurra minha barriga, escuto a médica "para, ele esta muito encaixado, se empurrar mais, nasce de pn" O.O
Ai sinto um empurrão vindo de baixo pra cima e escuto um "uêm" baixo, a pediatra pega ele e coloca em mim, ele chora e em pouco tempo me olha e tudo vira calmaria, amor e sentimentos inexplicáveis! Ele mama, mama e dorme. A pediatra pede pra pesá-lo, eu autorizo, tudo ao meu lado, mede. Embrulha ele e me entrega novamente, ela pergunta se pode levá-lo pro pai, digo que sim. Ainda falo "PRO PAI HEIN. POR FAVOR", ela ri e o leva. Sou costurada, foi rápido...E o enfermeiro, me leva. Pergunto se posso falar, ele diz que sim. E saí tagarelando, contando o que tinha acontecido, chego no quarto e ele esta com o pai, ele volta pros meus braços, mamou, dormiu, mamou, dormiu. Ficou todo tempo comigo. Tomou banho no dia seguinte, mamou e dormiu! Eu não o largava...Me tornei uma leoa, eu sabia do meu erro e não deixei que ninguém (principalmente eu mesma) estragasse mais nada!
Amamento a quase um ano, crio com apego, sou leoa, sou babona e AMO o jeito que ele me ensina as coisas. Ele é meu tudo, meu guia, minha segurança!
No dia 12/11/11, nasceu um lindo menino e uma nova mulher, que sabe dos seus erros e que se empodera sempre, para que os medos sumam de vez!"


Quando pedi para A Adriany permissao para publicar seu relato, ela ainda complementou dizendo que temos que trabalhar o medo que está em nós. O apoio do marido e do médico nas suas decisões é muito importante, o resto.... é resto!


Beijus

Um comentário:

  1. Que emocionante! Nossa que luta com a família, mas no final deu tudo certo!! Agora mais do que nunca sei a importância do apoio do pai...!! Parabéns pela experiência e obrigada por dividir conosco! Bjs

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